18.2.08

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protótipo_01, upload feito originalmente por brunobowen.


protótipo_01

_Feito no ArchiCAD 10

8.2.08

Processos Paramétricos em Aquitetura

FRAGUIMENTO DO ARTIGO:

DIFERENTES ABORDAGENS DO USO DO CAD NO PROCESSO DE
PROJETO ARQUITETÔNICO
Cervantes AYRES Fº.
Arq., Mestrando no PPGCC/UFPR – cervantes.ayres@gmail.com
Sergio SCHEER
D.Sc., Professor Adjunto da UFPR – scheer@ufpr.br


RESUMO

As ferramentas computacionais de apoio ao processo de projeto de edificações (CADs) são tidas
atualmente como indispensáveis para a indústria da construção. Entretanto, o desconhecimento
das vantagens e desvantagens de cada uma delas pode prejudicar o desempenho do processo de
projeto, ou impedir que se utilize todo o potencial oferecido pela informática para a sua melhoria.
Nesse artigo, essas ferramentas são consideradas como tecnologias de informação, e não apenas
como aplicativos de desenho. Foram revisadas as características e especificidades dos diferentes
tipos de softwares voltados para o projeto de edificações. Pretende-se expor ao leitor, de maneira
introdutória, em que nível cada tipo de CAD auxilia ou prejudica a geração, o processamento, a
armazenagem e a visualização das informações que compõem um projeto de edificação.

-

3. DOS ELEMENTOS GEOMÉTRICOS AOS OBJETOS PARAMÉTRICOS

Como alternativa à tecnologia do CAD geométrico, alguns softwares propõem a representação
dos elementos construtivos utilizando objetos compostos cuja representação geométrica é
associada a um comportamento específico (LEE et al., 2006). Cada elemento construtivo tem
características e representações próprias, e o CAD considera essas distinções na representação,
melhorando a qualidade da informação e facilitando a geração dos desenhos.
Essa distinção torna óbvio para qualquer usuário o tipo do elemento que está sendo apresentado,
e o seu comportamento específico garante relações corretas entre os diferentes tipos de
elementos, tornando as informações mais precisas e confiáveis. Por exemplo, ao invés de
representar paredes através de linhas paralelas, que sequer são “entendidas” pelo computador
como paredes, utiliza-se o elemento parede, que além de ser armazenado e interpretado pelo
computador como a representação de uma parede, possui um comportamento específico que
inclui: se estender apenas longitudinalmente (a extensão transversal é a espessura), possuir
determinada altura, a capacidade de receber aberturas (portas e janelas), se associar
corretamente a outros elementos parede (eliminando arestas desnecessárias nos encontros de
elementos), etc. Além disso, o elemento parede possui informações relativas à sua composição e
aparência: material de acabamento, de revestimento, do núcleo; e também informações utilizadas
na representação bidimensional do elemento: cor, espessura do traço, hachura, etc. (IBRAHIM et
al., 2004). Todas essas características específicas de cada objeto são chamadas de parâmetros,
de onde vem o nome da representação virtual do elemento construtivo: objeto paramétrico.
A riqueza de informações proporcionada pelo uso de objetos paramétricos possibilita a extração
automática de diversos tipos de representações de determinado elemento construtivo, sem que
haja a necessidade de redesenhá-lo. Como existem parâmetros que determinam a representação
em cada situação (planta, corte, elevação e perspectiva, etc.), a visualização passa a ser função
de uma escolha do usuário, e não da geração manual de um desenho adicional. A representação
é, portanto, automática.


4. CAD BIM: A MODELAGEM DO PRODUTO

Tanto os sistemas CAD que utilizam objetos paramétricos quanto os baseados em primitivos
geométricos surgiram no início da década de 1980. Contudo, a capacidade de processamento
necessária para a representação de primitivos geométricos é muito menor, e por isso o CAD
geométrico se adaptou melhor aos equipamentos disponíveis na época, dominando o mercado de
softwares de projeto pelas duas décadas seguintes (TSE et al., 2005). No final da década de
1990, pressões por maior produtividade e qualidade nos processos projetuais e construtivos, além
da popularização dos computadores com maior capacidade de processamento, fizeram ressurgir a
discussão iniciada nos anos 80 a respeito das duas abordagens empregadas pelos CADs.
A abordagem por objetos paramétricos nos CADs é agora denominada BIM – acrônimo do termo
em inglês1 “Building Information Modeling” (TSE et al., 2005). Enquanto nos CADs geométricos o
objetivo principal é a produção de desenhos, o princípio da abordagem BIM é auxiliar no processo
de criação e gerenciamento de informações relacionadas à construção, de modo integrado,
reutilizável e automatizado, gerando um modelo digital do edifício ao invés de uma série de
desenhos. (LEE et al., 2006).
Uma detalhada representação tridimensional é essencial a qualquer sistema CAD BIM (LEE et al.,
2006), porém em projetos arquitetônicos, a visualização não é um fim em si mesma – ela faz parte
de um processo conjunto de modificações e verificações sucessivas, que leva ao produto final
(BOUCHLAGHEM et al., 2005). Portanto, é essencial que o software de projeto ofereça recursos
que favoreçam a representação e a visualização bem como permitam a modificação dos
1 Embora citado em algumas publicações em português como “Modelagem Integrada do Edifício” – por ex. em
Nascimento e Santos (2006) – o termo BIM ainda não possui uma versão convencional em nosso idioma, fato pelo qual
foi escolhido mantê-lo em sua linguagem original neste artigo.
CAD BIM vão muito além da confecção de perspectivas ou maquetes eletrônicas. A geração de
elementos tridimensionais pretende auxiliar a antever o resultado espacial das escolhas de
projeto, e eliminar as possíveis interferências entre os elementos construtivos e erros antes do
início da construção. Esse processo de análise prévia, baseada em modelos ou protótipos virtuais,
já é prática comum nas indústrias manufatureira, metal-mecânica e aeroespacial, sendo
conhecido como modelagem do produto (HUANG et al., 2007).
Nos CADs BIM, a modelagem do produto inclui o conceito de “edifício virtual”: um conjunto de
objetos paramétricos representando a edificação em ambiente virtual. Desse conjunto de objetos
são extraídas automaticamente as representações, documentações, relatórios quantitativos,
especificações dos materiais, análises físicas, etc (Fig. 3). Isso é possível porque os CAD’s BIM
estruturam o modelo como bases de dados contendo as informações de cada objeto paramétrico,
e a partir do acesso centralizado à elas realizam-se processamentos complexos e a geração de
documentações estruturadas automaticamente. A centralização da informação permite que as
atualizações sejam facilmente registradas, e modificações em uma parte do projeto (p. ex. em um
corte) propagam automaticamente atualizações em outras (p. ex. nas elevações). O nível de
informação apresentado pode ser controlado, de acordo com a etapa do processo de projeto: de
mais dirigido à composição e configuração dos espaços no início do processo, a detalhamentos
construtivos ou análises de desempenho ao final. Os objetos paramétricos podem também ser
referências diretas a produtos desenvolvidos por fabricantes, como janelas, peças pré-fabricadas,
acessórios, etc. Estes objetos e suas atualizações podem ser obtidos diretamente via internet e
futuramente ajustarem automaticamente o seu comportamento aos aspectos do projeto. Por
exemplo, objetos representando peças estruturais, que se configuram automaticamente de acordo
com os vãos e tipos de apoios definidos (IBRAHIM et al., 2004).

Para Birx (2006b), definir CAD BIM apenas como uma nova ferramenta de desenho pode reduzir
os impactos positivos dessa inovação. BIM deveria ser considerada uma evolução do processo de
projeto, tendo em vista as novas possibilidades de visualização e processamento da informação.
As vantagens são a melhor coordenação dos elementos construtivos e suas interferências;
redução das horas de trabalho; aumento da produtividade; desenhos e detalhamentos de melhor
qualidade; controle centralizado do conteúdo e das versões dos documentos do projeto. Os CADs
BIM também auxiliam no ensino da arquitetura, já que a correta inserção dos elementos do projeto
requer que o usuário compreenda os parâmetros dos elementos construtivos que eles
representam, forçando os arquitetos a encontrarem soluções ainda durante a concepção.
Os CADs BIM ainda ocupam uma parcela reduzida do mercado de softwares para projeto. Esta é
uma das suas principais desvantagens, pois isola o profissional em relação ao restante da cadeia
produtiva, que utiliza outros tipos de CAD (BIRX, 2006a). Outros desafios a serem superados pela
tecnologia incluem o custo dos equipamentos e treinamento, escassez de profissionais treinados,
o estado ainda incipiente de alguns CADs BIM, e a definição de protocolos de interoperabilidade
entre os diferentes sistemas. Para Birx (2006b), o período de transição da utilização do CAD
geométrico para os CADs BIM durará ao menos uma década. Para Ibrahim et al. (2004), após a
retração da porção do mercado ocupada pelos CADs geométricos, surgirão softwares dedicados a
diferentes etapas do processo construtivo, onde o CAD BIM “arquitetônico” se constituirá em
referência para as demais aplicações: estruturas, planejamento da construção, avaliação de
custos, análise do ciclo de vida, etc.


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A crescente demanda por processos mais racionais e de melhor desempenho na indústria da
construção é amplamente observada pelos estudos científicos da área. Observa-se também a
complexidade cada vez maior dos sistemas construtivos e das exigências de desempenho no seu
funcionamento, visando a economia de recursos e a redução do impacto ambiental gerado por
eles. O volume de informações necessário para a geração de produtos dentro deste contexto
aumenta rapidamente, e são demandados novos sistemas ou novas abordagens para o
processamento dessas informações (HÄKKINEN, 2007). Sendo o CAD BIM, em essência, um
sistema de gestão de informações, o seu uso pode se tornar em muito pouco tempo uma forma
viável para projetistas se inserirem ou se manterem no mercado, frente a esses novos
paradigmas.
Embora ainda sejam poucos os estudos quantificando as vantagens obtidas pelo uso dos CADs
BIM, as pesquisas na área de tecnologia de informação concordam em relação à sua influência
positiva sobre o desempenho do processo de projeto e a respeito da irreversibilidade da transição
do CAD geométrico para o BIM. Entretanto, não somente a ferramenta utilizada na geração das
documentações projetuais deve ser modificada: o próprio processo de projeto deve sofrer
alterações, dadas as novas possibilidades oferecidas pela tecnologia.


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIRX, Glenn W. BIM creates change and opportunity. The American Institute of Architects - Best Practices, 2006a.
Disponível em http://www.aia.org/bestpractices_index. Acessado em: 22.11.2006.
______. Getting started with Building Information Modeling. The American Institute of Architects - Best Practices, 2006b.
Disponível em http://www.aia.org/bestpractices_index. Acessado em: 22.11.2006.
BOUCHLAGHEM, Dino, et al. Visualisation in architecture, engineering and construction (AEC). Automation in
Construction, n. 14, 2005, p.287-295. Disponível em http://www.elsevier.com/locate/autcon. Acessado em: 06.12.2006.
FABRICIO, Marcio Minto e MELHADO, Silvio Burratino. Impactos da tecnologia da informação no conhecimento e
métodos projetuais. In: SEMINÁRIO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO
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FU, Changfeng, et al. IFC model viewer to support nD model application. Automation in Construction, n. 15, 2006, p.178-
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HÄKKINEN, Tarja M. Sustainable building related new demands for product information and product model based
design. ITCON, v. 12, 2007, p.19-37. Disponível em http://itcon.org/2007/2. Acessado em: 25.06.2007.
HUANG, Ting, et al. A virtual prototyping system for simulating construction processes. Automation in Construction, n.
16, 2007, p.576-585. Disponível em www.elsevier.com/locate/autcon. Acessado em: 22.06.2007.
IBRAHIM, Magdy, et al. Two approaches to BIM: A comparative Study. In: ECAADE, 2004, Dinamarca. Disponível em
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LEE, Ghang, et al. Specifying parametric building object behavior (BOB) for a building information modeling system.
Automation in Construction, n. 15, 2006, p.758-776. Disponível em http://www.elsevier.com/locate/autcon. Acessado em:
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NASCIMENTO, Luiz Antonio do e SANTOS, Eduardo Toledo. A indústria da construção na era da informação. Ambiente
Construído, v. 3, n. 1, 2006, p.69-81. Disponível em http://www.antac.org.br. Acessado em: 21.11.2006.
REFFAT, Rabee M. Computing in architectural design: reflections and an approach to new generations of CAAD.
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em http://www.itcon.org/2005/08/. Acessado em: 09.12.2006.

29.1.08

Cidade-Alta-Salvador


Cidade-Alta-Salvador, upload feito originalmente por brunobowen.

dezembro 2007

13.1.08

ENVELHECIMENTO DE VETORES




exercício da revista COMPUTER ARTS, edição 4, pág. 82.

Muito bom de fazer.

Feito no Adobe Illustrator CS3.

Agora já posso fazer maquetes 3d de Faroestes. rs